segunda-feira, setembro 08, 2008

Instituto Prisional do Pinheiro da Cruz

Sei que não sou nada
Eu não sou ninguém
Mas ao menos aqui
Estou bem

Acusado de um crime
O qual nunca cometi
Confinado ao encarceramento
Penso em ti

Pinheiro Bravo
Pinheiro Manso
Ao menos na sombra
Eu descanso

Pinheiro Manso
Pinheiro Bravo
Nesta vida louca
Anda tudo parvo

Esta vida já
Não me seduz
Levem-me daqui
Preguem comigo na Cruz

E és tanto engenheiro
Como eu sou Doutor
Pra mim não vales nada
Não tens tu algum valor

És rico, gordo e logras
Com o pão que aos magros roubas
Dizes tu que projectas, constróis
E edificas grandes obras

Pinheiro Bravo
Pinheiro Manso
Ao menos na sombra
Eu descanso

Pinheiro Manso
Pinheiro Bravo
Da sociedade
Em que era escravo

Quem faz as regras
São os ricos
E quem as segue
São os pobres...

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