Sei que não sou nada
Eu não sou ninguém
Mas ao menos aqui
Estou bem
Acusado de um crime
O qual nunca cometi
Confinado ao encarceramento
Penso em ti
Pinheiro Bravo
Pinheiro Manso
Ao menos na sombra
Eu descanso
Pinheiro Manso
Pinheiro Bravo
Nesta vida louca
Anda tudo parvo
Esta vida já
Não me seduz
Levem-me daqui
Preguem comigo na Cruz
E és tanto engenheiro
Como eu sou Doutor
Pra mim não vales nada
Não tens tu algum valor
És rico, gordo e logras
Com o pão que aos magros roubas
Dizes tu que projectas, constróis
E edificas grandes obras
Pinheiro Bravo
Pinheiro Manso
Ao menos na sombra
Eu descanso
Pinheiro Manso
Pinheiro Bravo
Da sociedade
Em que era escravo
Quem faz as regras
São os ricos
E quem as segue
São os pobres...
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