segunda-feira, setembro 08, 2008

Instituto Prisional do Pinheiro da Cruz

Sei que não sou nada
Eu não sou ninguém
Mas ao menos aqui
Estou bem

Acusado de um crime
O qual nunca cometi
Confinado ao encarceramento
Penso em ti

Pinheiro Bravo
Pinheiro Manso
Ao menos na sombra
Eu descanso

Pinheiro Manso
Pinheiro Bravo
Nesta vida louca
Anda tudo parvo

Esta vida já
Não me seduz
Levem-me daqui
Preguem comigo na Cruz

E és tanto engenheiro
Como eu sou Doutor
Pra mim não vales nada
Não tens tu algum valor

És rico, gordo e logras
Com o pão que aos magros roubas
Dizes tu que projectas, constróis
E edificas grandes obras

Pinheiro Bravo
Pinheiro Manso
Ao menos na sombra
Eu descanso

Pinheiro Manso
Pinheiro Bravo
Da sociedade
Em que era escravo

Quem faz as regras
São os ricos
E quem as segue
São os pobres...

quarta-feira, agosto 29, 2007

POLÍTICA E ECONOMIA MUNDIAL PARA IDIOTAS

FEUDALISMO: Tens duas vacas. O teu senhor fica com algum do leite.

SOCIALISMO PURO: Tens duas vacas. O governo tira-tas e coloca-as num celeiro junto com as vacas de toda a gente. Tu tens que tratar das vacas todas. Em contrapartida o governo dá-te a quantidade de leite que necessitares.

SOCIALISMO BUROCRÁTICO: Tens duas vacas. O governo tira-tas e coloca-as num celeiro junto com as vacas de toda a gente. Estas são tratadas por ex-criadores de galinhas. Tu tens que tratar das galinhas que o governo retirou aos criadores de galinhas. Por sua vez o governo dá-te a quantidade de leite e de ovos que as regulamentações dizem que deves necessitar.

FASCISMO: Tens duas vacas. O governo tira-te ambas, contrata-te para tratares delas, e vende-te o leite.

COMUNISMO PURO: Tens duas vacas. Os teus vizinhos ajudam-te a tratar de ambas, e partilham todos o leite.

COMUNISMO RUSSO: Tens duas vacas. Tens que tratar delas, mas o governo tira-te o leite todo.

DITADURA: Tens duas vacas. O governo tira-tas e dá-te um tiro.

DEMOCRACIA DE SINGAPURA: Tens duas vacas. O governo multa-te por não teres licença para ter animais da quinta num apartamento.

MILITARISMO: Tens duas vacas. O governo tira-tas e enlista-te nas forças armadas.

DEMOCRACIA PURA: Tens duas vacas. Os teus vizinhos decidem quem fica com o leite.

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: Tens duas vacas. Os teus vizinhos escolhem alguém para te dizer quem fica com o leite.

DEMOCRACIA AMERICANA: O governo promete dar-te duas vacas se tu votares para ele. Depois da eleição, o presidente é acusado de especular sobre o futuro das vacas. A imprensa alcunha o caso de "Cowgate".

DEMOCRACIA BRITÂNICA: Tens duas vacas. Dás-lhes a comer miolos de ovelha e elas enlouquecem. O governo não faz nada.

BUROCRACIA: Tens duas vacas. Primeiro o governo regulamenta o que lhes podes dar de comer e quando as podes ordenhar. Depois paga-te para não as ordenhares. De seguida pega nas duas, mata uma, ordenha a outra e derrama o leite pela sarjeta abaixo. Por fim requere-te que preenchas formulários dando conta das vacas desaparecidas.

ANARQUIA: Tens duas vacas. Ou vendes o leite a um preço justo ou os teus vizinhos tentam matar-te e ficar com as vacas.

CAPITALISMO: Tens duas vacas. Vendes uma e compras um touro.

CAPITALISMO DE HONG KONG: Tens duas vacas. Vendes três delas à tua empresa publicamente listada, usando cartas de crédito abertas pelo teu cunhado no banco, depois executas uma troca de debt/equity com oferta geral associada para que recebas todas as quatro vacas de volta, com uma dedução de impostos referentes a ficar com cinco vacas. Os direitos de leite de seis vacas são transferidos através de um intermediário do Panamá para uma companhia das Ilhas Caimão dirigida secretamente pelo accionista maioritário, que vende os direitos do leite de todas as sete vacas de volta à companhia listada. O relatório anual diz que a companhia possui oito vacas, com opção para mais uma. Entretanto, matas as duas vacas porque o fung shui é mau.

AMBIENTALISMO: Tens duas vacas. O governo proíbe-te de as ordenhar ou de as matar.

FEMINISMO: Tens duas vacas. Elas casam-se e adoptam um vitelo.

TOTALITARISMO: Tens duas vacas. O governo tira-tas e nega que alguma vez tenham existido. O leite é banido.

EXACTIDÃO POLÍTICA: Estás vinculado a (o conceito de "posse" é um símbolo do violento e intolerante passado medieval) dois bovinos de idades distintas (mas não menos valiosos perante a sociedade) de género não especificado.

CONTRA CULTURA: Epá, "man", é do tipo... existem assim duas vacas, tás a ver?! Um gajo tem que ficar com algum desse leite, né?

SURREALISMO: Tens duas girafas. O governo exige-te que aprendas a tocar harmónica.

quinta-feira, março 16, 2006

Os 9 mandamentos para ser um bom Alentejano:

1. Tem que nascer cansado e viver para descansar.
2. Ama a tua cama como a ti próprio.
3. Se vires alguém a descansar, ajuda-o.
4. Descansa de dia para dormires bem à noite.
5. O trabalho é sagrado: NÃO LHE TOQUES, POR FAVOR.
6. O que podes fazer amanhã, não o faças hoje.
7. O que tens para fazer deixa que outro faça.
8. Se te disserem que o trabalho dá saúde, finge-te saudável.
9. Trabalho? Nunca!!! Ainda ninguém morreu por descansar demais!!!...


P.: Porque é que são só 9 mandamentos e não são 10?
R.: Porque dava muito trabalho fazer o 10º. Ok?!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Casos de Polícia: Violência Gratuíta em Grândola

É verdade, a "brutalidade policial" já chegou à terrinha. Isto que estão prestes a ler foi baseado em acontecimentos verídicos. Por isso ponham-se a pau, qualquer dia pode calhar a vocês!


PREFÁCIO:
Tudo aconteceu na noite de Sábado para Domingo, de 28 para 29 de Janeiro de 2006, o dia no qual nevou em todo o País menos aqui, em Grândola. E passou-se logo na própria rua onde eu moro, rua 25 de Abril (does this ring a bell?), facto que só o torna mais caricato. Nessa noite houve uma jantarada do KDJ (Klube das Jantaradas) como já é costume todos os meses. Na mesma altura o glorioso defrontava o Sporting. De qualquer maneira o vinho era mesmo muito bom e deslizava pelas goelas como se de água se tratasse. O jogo acabou com a derrota do glorioso em casa. Alguns estavam contentes e bebiam para celebrar, outros estavam descontentes e bebiam para esquecer. Eu sem estar particularmente feliz, nem especialmente infeliz só queria mesmo era beber. Copo atrás de copo, devo ter bebido pelo menos metade de um jarro de 2 litros sem exageros. O jantar acabou e depois de pagarmos a conta fomos para os bares, como manda o regulamento de praxe. Como ainda não estava (muito) bêbado, cheguei aos bares e repeti a minha rotina de beber umas médias com os amigos do costume. Bebemos e conversámos até o bar encerrar e sermos expulsos pelo dono. Nesta altura, amigos, já eu estava muito mais para lá do que para cá. Pura e simplesmente já tinha "apagado", este já não era o meu mundo. Eu ainda estava acordado mas vivia agora no mundo dos sonhos, aquele em que somos sempre o herói e os outros os maus da fita. Dado o meu lastimoso estado, é natural que a minha percepção da realidade se tenha alterado, sendo que o que eu via não era o que eu imaginava, ou vice-versa.


NA RUA DA LIBERDADE:
Ao encontrarmo-nos na rua, dirigimo-nos para o local onde o meu amigo tinha estacionado o carro, um quarteirão abaixo da minha porta de casa. Continuámos a falar debaixo das luzes apesar da noite escura e fria. Até que vindo sabe-se lá de onde, surge um OVNI verde (com luzes e tudo) e aterra no velho largo onde eu costumava brincar. Dele saíram meia dúzia de homenzinhos verdes, verdes não, perdão. Eram cinzentos escuros. Ora deixem-me só interromper a minha fantástica história para uma breve explicação. A diferença entre este tipo de extraterrestres, perdão... de GNR de pelagem cinzenta, denominado 'Corpo de Intervenção Rápida' da GNR standard é, para além da côr, claro, o facto dos cinzentões deixarem as armas de fogo em casa e trazerem bastões maiores para compensar. Estes tipos são muito mais ferozes, irritam-se com qualquer coisinha e são obcecados pelo nível de ruído, apesar de baterem como mulheres (de mão aberta). Apenas um à parte: pode-se saber muito acerca de uma força estudando o seu uniforme. A PSP por exemplo veste azul. Porquê? Porque actuam em zonas urbanas e são de Segurança, certo? Daí que só actuem quando existe segurança, nomeadamente quando o céu está limpo (azul) e não está de chuva, assim esta é a camuflagem perfeita nestas condições. Também actuam quando a sua presença não é necessária, tal como todos os outros, por exemplo para passar multas de estacionamento. A GNR standard traja verde, porque ao contrário da Polícia, estes são militares e actuam principalmente em zonas rurais onde existem muitas coisas verdes (ervas, pastos, arbustos, árvores, etc.) Se não estão convencidos, olhem para o resto do seu equipamento: cavalos, motas e jipes todo-o-terreno. O verde é a sua camuflagem quando se escondem por detrás das ramas e fiscalizam desnecessáriamente o pessoal que consome cannabis nos bancos do jardim. Agora os cinzentos são ainda mais manhosos... Eles actuam tanto em grandes urbanizações como em pequenas vilas rurais, mas só e apenas à NOITE. E aí é que está, à noite todos os gatos são pretos (ou cinzento-escuro). O esconderijo deles são as sombras e daí o seu uniforme escuro. Querem ver? Eles são de Intervenção Rápida, não é? Yah, isso quer dizer que actuam mais depressa que os outros, são mais rápidos? Isso é meio verdade. Eles actuam mais depressa porque não pensam, poupam esse tempo e desferem logo o golpe. Poucas palavras e muita acção é o lema deles. Mas isso não quer dizer que sejam mais rápidos a deslocar-se, não senhor. Eles deslocam-se à mesma velocidade do que os outros, só que possuem um grande poder de 'stealth'. Nós dizemos: "Eia, estes gajos já cá estão?! São mesmo rápidos a chegar, fónix!" Mas eles já lá estavam desde o início. Estavam camuflados na penumbra à espera de uma oportunidade para atacar. Isto é que é de uma manhosice tremenda! Enfim, continuando com a triste história...


DE VOLTA AO 'SPOT':
Como havia pessoal que estava a consumir substâncias ilícitas naquele momento, nos bancos do largo a uns 5 metros de nós, os alienígenas não perderam tempo. Dirigiram-se até eles de imediato e no seu próprio dialecto exigiram-lhes que apagassem o "charuto" porque os gases que emitia estavam a prejudicar gravemente a sua saúde e o bem estar do seu planeta natal ou então......Ou então que partilhassem o dito cujo com eles de forma a que eles podessem ganhar alguns anti-corpos e resistência ao efeito químico dos fumos. Face às exigências os rapazes não conseguiram resistir-lhes e foram obrigados a partilhar a 'ganza' com eles. Não ficando satisfeito com o material, um dos alienígenas abandonou os outros e dirigindo-se em nossa direcção e totalmente obcecado com o nível de ruído que na altura até não era alto manifestou a sua clara vontade para que o nível de ruído se mantivesse baixo. Como os alienígenas não arrendavam pé da minha vizinhança foi nesta altura que tive a 'genial' idéia de mandar um peido, a ver se os meus gases afastariam os alienígenas para fora da minha rua. Fui para o meio da rua e apontei as nalgas aos extraterrestres mas o peido não saía, estava contido. E foi nessa altura que murmurei as tristes palavras: "- Queria mandar um peido, mas não consigo!" Um dos extraterrestres ao ouvir isto e ao ver a minha delicada posição deve-lhe ter cheirado a merda, porque correu na minha direcção a resmungar: "O que é que disseste?! Mandavas um peido a quem?" Olhei por cima do ombro e vi a cara irritada daquele ser, puchei logo as calças para cima pensado que ele me queria violar e num salto afastei-me 1 metro dele dizendo: "Por favor mantenha a sua distância de segurança!" Acho que ele não gostou muito destas palavras porque foi a partir deste momento que as coisas ficaram feias. Ele agarrou-me brutamente pelos colarinhos e encostou-me à parede. "Isso não é uma coisa muito bonita de se fazer. Esse sangue quente vai-te fazer mal à saúde deficiente." - Reparem como a língua portuguesa é traiçoeira, não existe vírgula antes de deficiente, logo eu referia-me de facto à saúde do extraterrestre e não ao próprio. Mas ele não percebeu assim e começou a grunhir insultos no seu arcaico dialecto enquanto me apertava contra a parede. Eu já nem ouvia o que ele dizia, pensei que me ia beijar e chupar-me os miolos. Aquilo para mim tratava-se de um sonho, um pesadelo do qual eu não era capaz de acordar. Os meus amigos assistiam a tudo incrédulos. Tentaram dialogar com os malignos seres do espaço e demovê-los das suas terríveis idéias. Eu próprio estava a tentar fazê-lo, mas sem qualquer resultado. Cada palavra que saia da minha boca era como mais uma acha na fogueira. Entretanto chegou mais um alienígena que usando dialecto próprio convenceu o colega a deixar o meu delibitado cérebro em paz. O tipo largou-me e eu recompus-me (mal), endireitei os colarinhos e sacudi o casaco. "Até que enfim que alguém te mete juízo na cabeça." - Desabafei. Não podia ter feito pior, o sangue voltou-lhe a ferver e pega em mim outra vez, desta vez encostando-me ao carro do meu amigo. "Oh boa, cá vamos nós outra vez..." - atirei para o ar.


DE VOLTA AO CAMPO DE BATALHA:
"Calma, calma! Ele está muito mal, não sabe o que diz!" - Interviu o dono do carro, tentando livrar-me dos monstros mais uma vez. O colega do extraterreste lá o conseguiu demover mais uma vez. Ele largou-me e nesta altura eu já estava a começar a perder a paciência quando o outro extraterreste se chega ao pé de mim e me dá uma estalada ameaçando-me com a sua força. Aí é que foi a gota de água. Podem-me agarrar, encostar-me à parede e tentar-me beijar mas baterem-me como se eu fosse uma puta??!! Isso é que não! Existe uma marca que não se pode atravessar e essa marca tinha acabado de ser transposta. Para mim o que era óbvio tornou-se ainda mais claro, aqueles não eram agentes da GNR. Eram extraterrestres, iguais aos tipos que encontramos no bar e que estão sempre prontos para armar confusão, mas com uma particularidade. Estes tipos têm a protecção de um uniforme. Um uniforme cinzento-escuro que lhes dá o direito de abusar da sua condição. Agem sem pensar, como se estivessem embriegados, foi assim que foram treinados. Costuma-se dizer que quem usa a violência perde automaticamente a razão, mas eles não. A lei 'justa', dá-lhes sempre a razão, afinal eles é que são a autoridade. A história até não acabou mal, não ouve lesões, nem marcas, nem traumas psicológicos. No final um dos alienígenas, provavelmente o único com um pingo de decência, vira-se para o meu amigo e faz-lhe somente um ultimato: "Ele é teu amigo? Então, leva-o para casa antes que haja problemas!" Em casa já eu estava praticamente, eles é que estavam no sítio errado à hora certa e nós no sítio certo à hora errada. Só queria saber quem é que manda estes tipos cá para a minha rua? Lembrem-se que a liberdade não é um bem, mas parece que há quem não entenda. A liberdade não se compra, não se vende e não se arrenda!


ATENÇÃO: O principal objectivo deste texto é ser cómico. Devido ao mencionado estado do locutor e personagem desta história, é possível que existam factos incoerentes e/ou (propositamente) errados. Até porque na manhã seguinte acordei com uma enorme amnésia, tendo-me por isso baseado para esta história em vagas recordações e nos depoimentos dos meus amigos que assitiram. Espero que se tenham divertido e que não tenham ficado (muito) chocados. Se ficaram voltem a ler, mas desta vez riam-se das piadas à vontade.


PS: There are four kinds of people in the world: dicks, pussies, assholes and Beato e Cavaco (two damn fuckups). Oh, fuck! You can't type the word «cavaco» on the internet. This computer will self-destruct in 5, 4, 3, 2, 1...